segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Diário aberto. [ESPECIAL] Página 1

Essa é uma parte especial do diário, onde conta como está atualmente a minha vida ou acontecimentos.
Geralmente sera contado várias histórias em um post só, para não perder a graça do outro e ser trocado por um "dia-a-dia" atual.

12/11/09

Vocês não sabem como eu estava ancioso.
Eu iria falar com o Jeremy Bulloch pessoalmente em uma sessão de autógrafos na Livraria Cultura no Shopping Market Place.

E a primeira vez que iria encontrar com alguém de fora do Brasil ao vivo e a cores (show do Slip não conta pq não falei com eles, infelizmente =/). Fiquei com medo de gaguejar, de ele zuar minha cara ou sei lá mais o que.

Quando chegou a minha vez, até suei. Pedi para um staff tirar a foto de eu com ele. Escolhi uma imagem que ele autografou, e ele é realmente de mais. Conversou, brincou, apertou minha mão. Uma figura. Jeremy Bulloch, para quem não sabe, fez o personagem "Boba Fett" na trilogia clássica de filmes do Star Wars.

14/11/09

Foi a JediCon.
Finalmente o dia mais esperado por eu, acontecia.
Devo dizer que amei o evento.
As coisas que vi. Objetos, itens, camisetas, tudo.
Foi realmente, diferente.
Pode melhorar, mas foi ótimo do jeito que foi.
Com meus miguxos, Maxine, Koala-boy, .1 e Elfo (David, Jackson, Geovanne e Alexandre).
De mais.

14/11 para 15/11/09

Fui em um "rock bar" que o Elfo me levou. Muito legal lá.
Quero ir mais vezes, mas sem hora para voltar. Só atrapalhei a estadia dele lá.
Era niver de uma amiga dele.
Lindas garotas.

15/11/09

Niver da minha mãe.
Saí da casa do Elfo, cedo (havia dormido lá).
Passei no Extra de São Caetano, comprei bolo, pavê, camiseta (presenta para ela), cueca (para eu), DVD do Cloverfield Monster, jogo de cartas do Monopoly (banco imobiliário) e sei lá mais o que.
AHEUhauehuae
Comemoramos e fui trabalhar.

16/11/09

Fui ao Shopping Santa Cruz, ver uma amiga que não via a décadas.
A Karla.
Fomos no Girafas, e tomamos sundae do MacDonalds.
Passamos na Saraiva (ou Siciliano... sei lá...), comprei a revista da Made In Japan.
Depois levei ela até a catraca do metro e voltei para o shopping, onde comprei o livro "O Inimigo do Mundo" do Leonel Caldela, baseado num cenário de RPG que adoro, "Tormenta".

Em fim.
Até.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Diário aberto. Página 13

Lembro de quando Marcos e eu íamos para a Devir.

Levantavamos cedinho, passávamos por baixo do ônibus e faziamos uma verdadeira viagem para chegar até Mordor... Digo... Até a Devir.

Por vezes deciamos a Lins de Vasconcelos toda a pé, dês de lá da Vila Mariana até lá perto do fim, onde ficava a Devir.

Íamos sem grana e voltavamos com monte de cartas boas (tempo da "Equipe Rocket", leia na outra página do diário) e felizes de um bom dia de lucros.

Porém, lembro-me do dia que estávamos praticamente mortos de fome.
Haviámos andado para ir até a Devir.

Sem dinheiro, sem nada para nos alimentar.

E ainda mais, vendo aquele bando de jogadores, alguns comendo na cantina que havia lá. O cheiro de comida vindo das casas. Foi um terror só.

Até que um cara que nós estávamos trocando cartas, estava comendo um delicioso pão com calabresa, o cheiro de calabresa passando por nós, era fatal!

O cara percebeu que pareciamos cachorro olhando vitrine de frango assado e se prontificou a dar um de seus sandubas a nós.

Agradecemos ele até quando pudemos, quase ajoelhamos. HAEUhuaheu
Foi fóda.

Porém, não aprendi com a lição, e praticamente sempre passo fome em algum evento que vou.
Nunca tenho grana para comprar comida.
Mas geralmente tem algum amigo que paga alguma coisa (1 hot dog para durar um dia e uma noite toda...) e assim me mantenho vivo :P

Saudades do Marcos.
Saudades dos tempos que passávamos juntos.
Nada me faz esquecer o meu mais antigo amigo e o que mais viveu comigo em tempos de minha vida. Sem falar a família dele, que também ajudou pacas quando nós precisamos e por algumas dificuldades que passamos. As duas irmãs gostosas dele, e sempre gente fina. A mãe dele, sempre nervosa comigo, mas uma pessoa totalmente amável.
Saudades de ter aquele irmão novamente.

E gente, que blackout foi aquele? Quase morri achando que estava em um jogo de terror X.X

sábado, 7 de novembro de 2009

Diário aberto. Página 12

Não é tudo, mas acho que conseguirão entender.
É algo que tenho certeza que poucos conhecem, e muitos fingem ter.
Mas sei que posso ser feliz... Pelo menos, estou tentando. =]

Simony:
Discansei a dor no azul do mar
Disfarcei meu pranto andando pela chuva
Mas meu coração não ficou em paz
Meio atormentado por uma saudade
Quis me acostumar, depois quis fugir
Foi inútil resistir, tô me entregando
Mas sei posso ser feliz, pelo menos uma vez
Estou tentando

Alexandre Pires:
Não basta ter você
Com o pensamento longe pelo ar

Simony:
Não tente me iludir
Eu vou perceber vai me machucar

Alexandre Pires:
Mas se você quiser vou estar aqui
Eu vou te esperar só não sei até quando

Os dois:
Mas sei posso ser feliz
Pelo menos uma vez estou tentando
Mas sei posso ser feliz
Pelo menos uma vez estou te amando

Alexandre Pires:
Olha, dessa vez não vamos pensar em nada
vamos sair andar, pela calçada
E a madrugada nos envolve numa trama
daí, depois da cama, a gente faz amor
Não importa se sou eu ou se é você que me domina
deixa acontecer, menina
Como a chuva, sem hora, não demora
me apaixono por você

Simony:
Se você quiser, vou estar aqui
Eu vou te esperar, só não sei até quando
Mas sei que posso ser feliz, pelo menos uma vez
Estou tentando

Alexandre Pires:
Sei que posso ser feliz

Simony:
Mas sei posso ser feliz
Pelo menos uma vez estou te amando

Alexandre Pires:
Mas sei posso ser feliz
Pelo menos uma vez estou te amando

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Diário aberto. Página 11

São Paulo.
23 de Setembro de 2005.
Um dos melhores dias da minha vida.

Era 3 da manhã e eu já estava de pé.
Tomei banho correndo, coloquei minha camiseta preta estampada (que tenho até hoje e só usei essa vez na vida. Dei ela de presente para o Arthur, por ela ser muito importante para eu), bermuda preta, All Star (eu acho...). Minhas duas munhequeiras (uma em cada pulso). Passei um gel no cabelo para deixar arrepiado e respirei fundo enquanto olhava para o espelho. Não acreditava que estava vivendo aquele momento. Até hoje ainda sinto um frio na barriga só de lembrar daquele dia.
Tomei café rapi10 e saí para pegar o busão.
Cheguei na casa do meu amigo por volta das 4 da matina e ele também estava ancioso. Era o dia.
A mãe dele nos levou de carro até o local. Fomos ouvindo música e descutindo como iria acontecer e nem lembramos do que faríamos depois.
Chegamos no local era umas 5:20 da matina.
Havia uma fila enorme.
Pessoas acampadas há mais de uma semana.
Muita gente de preto. Muitos de máscaras. E todos com o mesmo amor pelo que iriam ver.
As horas não pareciam passar.

Olhavamos para o relógio e parecia que estavam voltando.

Por volta do meio-dia, resolvemos fazer uma vakosa para comprar algo para comer.

Haviamos nos encontrado com outro dois amigos e ficamos na fila. Dividimo-nos. 2 ficariam na fila e outros 2 iria na padaria.

Eu e o Bruno iríamos até a padóka. 34 minutos. Era o tempo da padaria mais próxima. Andamos pacas, suamos naquele sol. Pão, mortadela, Coka-Cola. Foi tudo que nosso dinheiro conseguiria.

Voltamos, e mais 34 minutos de caminhada no sol escaldante.

Quando chegamos, a fila estava mais a frente. Ainda faltava umas 2 horas e meia para abrir os portões.

30 minutos antes do acertado, liberaram as bilheterias.
Motivo suficiente para dar um tremendo frio na barriga.
Na fila, ainda conversavamos com umas pessoas que estavam na nossa frente e que também estavam tão anciosas quanto nós.
Estava chegando minha vez de passar pelas catracas. Meus pés davam um passo de cada vez, e o medo de ficar para trás parecia aumentar.
Passei.
Só pensei em sair correndo para garantir lugar. Corri como nunca havia corrido na vida. E outras pessoas faziam o mesmo.
Me perdi de meus amigos.

Agora eu estava sózinho no meio da multidão.

Fiquei ao lado esquerdo do palco, com vista para o palco todo.

E agora mais algumas horas até o show começar.
Sem ter com quem conversar, sem ter o que comer e sem querer sair do lugar para ir mijar (e perder o lugar? nem fudendo).
Sem água, e o calor do sol e das pessoas só fazia aumentar a vontade de cair duro no chão.
Os holofotes se movimentaram. Começou o primeiro show.
Demorou um pouco, e uma ótima banda apareceu no segundo show.
O terceiro levou a galera a loucura e eu cada vez mais ancioso.

Pronto.

O silêncio após o terceiro show parecia doer em meus ouvidos. Não era o silêncio que eu queria. Não era aquelas pessoas comentando, ou gritando de anciedade.
Era um som de reconhecimento. Um som que vinha da alma.

Enquanto no palco, você via os rodies arrumando os instrumentos.
Ainda não era nada do que eu queria ver ou ouvir.
Minhas pernas começaram a bobear e meu medo de não aguentar já estava na minha cabeça.

Não aguentava mais. Eu queria explodir. Parece que "aquilo" estava a flor da pele.

Um som.

E outro som...

Eu não conseguia acreditar.
Já estava começando?!
Eles estavam passando no palco?!
Meus olhos os seguiam pelo palco como um predador observa sua presa.
Eram eles.
Era aquele som.
Era um sonho se realizando.
Cada um tomando seu lugar no palco, pegando seus instrumentos.
Eu era só mais um fã dentre vários ali. Eles eram minha motivação de aguentar tudo aquilo.

Começou.

Meu coração explodiu em meu peito.
Não pude conter o meu corpo de pular, se expressar e meus olhos de chorar.

Os riffs.
A performance.
A conversa.
O Espetáculo. Ou melhor... Os 9 espetáculos.
Enchiam-nos os olhos.
Não sabia para qual deles olhar, mas eu sabia que meu coração era deles naquele momento.
Meus ouvidos.
Meu corpo.

Até hoje, sinto arrepios só de escrever isso.

SlipKnoT. Obrigado por tudo.